Quem sou eu

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Campinas, São Paulo, Brazil
Psicólogo Clínico Junguiano com formação pela Unicamp, terapia corporal Reichiana, Hipnoterapeuta com formação em Hipnose Ericksoniana com Stephen Gilligan.E outras formações com Ericksonianos: Ernest Rossi, Teresa Robles, Betty Alice Erickson. Formação em Constelação Familiar Sistémica pelo Instituto de Filosofia Prática da Alemanha. Uma rica e inovadora terapia divulgada em toda Europa. Professor de Hipnoterapia, além de ministrar cursos de Auto-conhecimento como Eneagrama da Personalidade e Workshop de Constelação Familiar Sistémica em todo o Brasil. Clínica em Campinas-SP. Rua Pilar do Sul, 173 Chácara da Barra. Campinas-SP F.(19) 997153536

Uma relação de ajuda

Como é bela, intensa e libertadora é a experiência de se aprender a ajudar o outro. É impossível descrever-se a necessidade imensa que têm as pessoas de serem realmente ouvidas, levadas a sério, compreendidas.
A psicologia de nossos dias nos tem, cada vez mais, chamado a atenção para esse aspecto. Bem no cerne de toda psicoterapia permanece esse tipo de relacionamento em que alguém pode falar tudo a seu próprio respeito, como uma criança fala tudo "a sua mãe.
Ninguém pode se desenvolver livremente nesse mundo, sem encontrar uma vida plena, pelo menos...
Aquele que se quiser perceber com clareza deve se abrir a um confidente, escolhido livremente e merecedor de tal confiança.
Ouça todas a conversas desse mundo, tanto entre nações quanto entre casais. São, na maior parte, diálogos entre surdos.
Paul Tournier.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Não vá pelas aparências



Num reino antigo havia um príncipe, filho único do rei, que de repente enlouqueceu. Ele arrancou suas roupas, ficou nu, entrou debaixo da mesa e começou a cocoricar como um galo. Ele pensava que era um galo. O rei ficou desesperado, chamou todos os médicos, mágicos e fazedores de milagre para tentarem curar o príncipe, mas de nada adiantou. O rei começou a aceitar o fato de que seu filho tinha ficado louco para o resto da vida. Um dia, entretanto, um sábio chegou ao palácio e disse que podia curar o príncipe. O rei ficou muito desconfiado porque o homem parecia também um maluco, mais maluco ainda do que o príncipe. O sábio disse: – “Somente eu posso curar seu filho, porque só um louco maior pode curar outro louco. Os seus médicos, mágicos e fazedores de milagres falharam porque eles não conheciam a loucura”. O rei achou o argumento lógico e como o caso parecia sem jeito, resolveu experimentar. Assim que o sábio tirou suas roupas, entrou debaixo da mesa com o príncipe e começou a cocoricar como um galo, o príncipe tomou posição de defesa: – “Quem é você? O que pensa que está fazendo”? O homem disse: – “Eu sou um galo, um galo mais experiente do que você. Você é apenas um aprendiz de galo”. O príncipe aceitou: – “Se você também é um galo, está bem. Mas você parece um ser humano”. – “Não vá pelas aparências”, respondeu o sábio, “veja meu espírito, a minha alma. Eu sou um galo tanto quanto você”. Os dois ficaram amigos. Prometeram longa amizade e juraram que lutariam juntos contra o mundo. Passaram-se uns dias. O sábio começou a se vestir. O príncipe replicou: – “O que você está fazendo? Você ficou maluco? Um galo usando roupa de gente”! O homem respondeu: – “Estou apenas procurando enganar aqueles tolos seres humanos. Lembre-se de que, mesmo vestido, nada mudou em mim. Sou um galináceo e ninguém pode mudar isso. Só porque estou vestido, você acha que me tornei um ser humano”? O príncipe aceitou a explicação. Dias mais tarde o sábio persuadiu-o de que se vestisse, porque o inverno estava chegando. Um dia, de repente, o sábio pediu comida do palácio. O jovem ficou atento e desconfiado gritando:
- “Que é que você está fazendo? Você vai come como um ser humano qualquer. Nós somos galos e comemos como galos”. O homem respondeu calmamente: – “Você pode comer qualquer coisa e aproveitar qualquer coisa. No que se refere ao meu galo, não faz a menor diferença. Você pode viver como um ser humano e continuar sendo um galináceo. Não vá pelas aparências”. Dessa maneira, o sábio, aos poucos, foi persuadindo o príncipe a voltar ao mundo da realidade, até que foi considerado normal.
Recolhido por Zélia Nascimento
Contribuição: Cecília Caram

terça-feira, 22 de março de 2011

Gotinha do Mar


Havia uma gota em uma nascente do rio. Era uma simples gota, nada mais do que isso. Mas, na sua insignificância, tinha um sonho. Sonhava em, após vencer a correnteza, virar mar. Ora, quanta pretensão! Uma gota, uma simples gota, virar mar? Era difícil, sabia ela, porém não impossível. E agarrando-se a fio de esperança, seguiu o seu curso natural de rio, sempre pensando no dia em que certamente encontraria o oceano. Desafios foram surgindo. Pedras, evaporação, galhos… Mas ela nunca desistia. Outras gotas que partiram com ela não chegaram ao fim, ficaram pelo caminho.
Esta, porém, talvez pela sua PERSISTÊNCIA, pela FÉ que tinha, de uma forma ou de outra sabia que um dia chegaria lá. E de fato chegou. Venceu todos os obstáculos, chegou ao encontro das águas e finalmente realizou seu grande sonho. Hoje aquela gota é mar! Graças a sua PERSISTÊNCIA, conseguiu o que era considerada uma utopia, uma pretensão!
Não importa, hoje aquela gota é mar. Imagine você como uma gotinha. Você pode ser como aquelas gotas que ficaram pelo caminho ou como a gota dessa história. Só depende de você!
Autor Desconhecido

segunda-feira, 21 de março de 2011

Consertando o Mundo



Um cientista muito preocupado com os problemas do mundo passava dias em seu laboratório, tentando encontrar meios de minorá-los.
Certo dia, seu filho de 7 anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou fazer o filho brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível removê-lo, procurou algo que pudesse distrair a criança. De repente, deparou-se com o mapa do mundo. Estava ali o que procurava. Recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeça? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está ele todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho!
Mas faça tudo sozinho!
Pelos seus cálculos, a criança levaria dias para recompor o mapa. Passadas algumas horas, ouviu o filho chamando-o calmamente.
A princípio, o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade conseguir recompor um mapa quem jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível?
Como o menino havia sido capaz?
- Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
- Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo!
Autor Desconhecido

domingo, 20 de março de 2011

Cicatrizes


Era uma vez um menininho que tinha um mau temperamento.
O pai deu-lhe um saco de prego e disse a ele que para
cada vez que o menino perdesse a calma, ele deveria
pregar um prego na cerca.
No primeiro dia, o menino pregou 17.
Nas semanas seguintes, como ele aprendeu a controlar
seu temperamento, o número de pregos pregados na cerca
diminuiu gradativamente…
Ele descobriu que era mais fácil se segurar do que
pregar aqueles pregos na cerca.
Finalmente chegou o dia que o menino não perdeu
a calma em nenhum momento.
Ele então falou a seu pai sobre isto e o pai sugeriu que
o menino agora tirasse da cerca, um prego por cada dia
que ele não perdesse a calma.
Os dias passaram e o menininho, então, estava finalmente pronto
para dizer a seu pai que tinha retirado todos os pregos da cerca.
O pai então o pegou pela mão e foram até a cerca.
O pai disse, “Você fez muito bem, meu filho, mas, veja só
os buracos que restaram na cerca.
A cerca nunca mais será a mesma!
Quando você fala algumas coisas com raiva, elas deixam
cicatrizes como estas aqui.
Você pode enfiar a faca em alguém e retirá-la.
Não importa quantas vezes você peça desculpa,
a ferida ainda esta lá.

trizes

Era uma vez um menininho que tinha um mau temperamento.
O pai deu-lhe um saco de prego e disse a ele que para
cada vez que o menino perdesse a calma, ele deveria
pregar um prego na cerca.
No primeiro dia, o menino pregou 17.
Nas semanas seguintes, como ele aprendeu a controlar
seu temperamento, o número de pregos pregados na cerca
diminuiu gradativamente…
Ele descobriu que era mais fácil se segurar do que
pregar aqueles pregos na cerca.
Finalmente chegou o dia que o menino não perdeu
a calma em nenhum momento.
Ele então falou a seu pai sobre isto e o pai sugeriu que
o menino agora tirasse da cerca, um prego por cada dia
que ele não perdesse a calma.
Os dias passaram e o menininho, então, estava finalmente pronto
para dizer a seu pai que tinha retirado todos os pregos da cerca.
O pai então o pegou pela mão e foram até a cerca.
O pai disse, “Você fez muito bem, meu filho, mas, veja só
os buracos que restaram na cerca.
A cerca nunca mais será a mesma!
Quando você fala algumas coisas com raiva, elas deixam
cicatrizes como estas aqui.
Você pode enfiar a faca em alguém e retirá-la.
Não importa quantas vezes você peça desculpa,
a ferida ainda esta lá.

sábado, 19 de março de 2011

Brasinha


Indicação: Raivas são tristezas
Era uma vez um peixinho chamado Brasinha. Vivia num mar distante, não muito grande, mais cheinho de peixes.
Morava com seus pais. Papai-peixe e mamãe-peixe eram bastante severos.
Não se sabe por que, eles o impediam de fazer uma porção de coisas. Talvez com medo de que se machucasse ou se perdesse. Eles não lhe explicaram isso claramente, pois os pais-peixes não falam muito. Não é à toa que se diz, às vezes:
- “Mudo como um peixe”!
Brasinha era repreendido por nadar, brincar, fazer barulho com a boca.
Logo, passou a achar que não fazia nunca o que era preciso. Muitas vezes se perguntava se seus pais eram mesmo “pais verdadeiros”, de tanto que os achava severos e foi se tornando um peixinho muito triste.
Às vezes, sentia-se sobrando. Tinha medo demais, sobretudo de pai, da mãe, tinha menos, mas mesmo assim… Além do mais, falar com quem? Os outros peixes não pareciam senti-lo!
Sabem o que Brasinha fazia quando chegava à escola? Rápido, nadava na direção dos outros peixes, no pátio da escola e os mordia, assim: cratch, cratch! Dava-lhes tapas nas costas, com as nadadeiras e com a cauda. Jogava água em seus olhos, para que chorassem. É, os peixes também choram. A gente só não vê, porque as lágrimas se misturam com a água do mar.
Todos os outros peixes ficavam espantados ao ver Brasinha morder e bater desse jeito e tinham medo dele. Era desse jeito que funcionava dentro dele: porque tinha medo do pai e um pouco de medo da mãe, então fazia medo aos outros peixinhos.
Mas, bem no fundo, ele estava muito triste. A raiva apenas escondia a tristeza. Se vocês soubessem como é triste a tristeza ed uma criancinha-peixe! É triste de tal maneira que, às vezes, a água do mar até fica cinzenta ou preta.
Um dia, a mestra dos peixes, se aproximou de Brasinha:
- “Estou vendo como você bate-nos outros peixinhos. Aliás, na maioria das vezes, impedi você de fazer isso. Não quero que seus colegas tenham medo de você.
Tenho observado que está sempre cheio de raiva. Em alguns dias, uma grande raiva, vermelhinha. Ontem a noite, antes de me deitar, pensei em você, refleti bastante e, então, tive uma idéia: trouxe para você uma caixa, onde poderá colocar toda a sua raiva. Todos os peixinhos vão poder colocar sua raiva nessa caixa. Quando você chegar de manhã, pode por a raiva na caixa e, de tarde, se você quiser, pode pegá-la e levá-la para sua casa. Se você quiser, pode deixar a raiva dormir aqui na escola. Na manhã seguinte, ela estará descansada… Há outras caixas também, uma para cada sentimento.
Brasinha olhou muito espantado para a mestra. Não sabia que existiam caixas para a raiva, para o medo, para a tristeza, para o amor e para a alegria… aliás, nem sabia que as coisas que a gente sente têm nomes…
Não disse nada, mas no dia seguinte, chegou com uma conchinha pequenina que encontrou no caminho da escola, bem no fundo do mar.
Disse à mestra:
- “Professora, eu queria colocar minha tristeza desta manhã na caixa da raiva”.
A mestra, uma sábia muito vivida, ao observar a concha, percebeu que, pelo contrário, ela expressava mais tristeza do que raiva. Ela sabia que as raivas são tristezas que não podem se expressar de outras maneiras. Assim, pediu licença para colocar a conchinha dentro da caixa da tristeza.
Outras professoras das escolas de peixes também adotaram o costume de apresentar caixas para acolher os sentimentos dos alunos, para que não ficassem carregados, possuídos ou poluídos, o dia inteiro, ruminando pensamentos. Acho que assim também poderia acontecer com as crianças humanas.
Por ora, assim termina a história do peixinho que carregava uma raiva tão grande.. que poderia engolir o mar inteirinho – de tanta tristeza que sentia.
Citado em “Contes à guerir, contes à grandir”, de Jacques Salomé, Éditions Albin Michsl, Paris, 1993
Tradução: Maria Otilia Bosson
Adaptação: Cecíclia Caram
Contribuição: Gislayne Matos

sexta-feira, 18 de março de 2011

A porta


Diz o mestre a seu discípulo:
- Quando você começar seu caminho, vai encontrar uma porta com uma frase
escrita, Volte e me conte qual é esta frase.
O discípulo se entrega de corpo e alma à sua busca.
Chega um dia em que vê a porta, e volta até o mestre.
- Estava escrito, no começo do caminho:
ISSO NÃO É POSSÍVEL, diz:
- Onde estava escrito isso, num muro ou numa porta?
Pergunta o mestre.
- Numa porta – responde o discípulo.
- Pois coloque a mão na maçaneta e abra.
O discípulo obedece, como a frase está pintada na porta, também vai se
movendo com ela, com a porta totalmente aberta, ele já não consegue mais
enxergar a frase – e segue adiante.
Autor Desconhecido